30 dezembro 2013

Viva o Ano Novo

Depois de feitas as reclamações dos presentes de Natal
Ilustração Roland Fiddy


Vem aí o Ano Novo


Ilustração Christine Beauregard

"Ia ser um espectáculo a passagem do ano naquela casa. O Tio Julião e a Tia Juliana tinham preparado uma festa de arromba, para dizer adeus ao Ano Velho. Realmente não tinha sido um bom ano, cheio de guerras e com tantos meninos sem alegria.
Agora que aí vinha o Ano Novo e a Esperança, era preciso recebê-los de braços abertos. (...)
A festa começou! Toda a gente comia, brincava e dançava no meio da maior animação.
A meia-noite estava cada vez mais perto. Lá fora, nas ruas cobertas de neve, muita gente cantava e pulava aquecendo a cidade com o calor da amizade.
- Já só faltam cinco minutos! - anunciou a Tia Juliana.
- Vamos buscar doze passas para os nossos desejos! - recomendou o Tio Julião.
Toda a gente juntou as doze passas, os mais velhos pegaram em taças de champanhe e os miúdos, claro, encheram copos de sumo de laranja.
A música estava muito mais alta quando todos começaram a contar os últimos segundos do ano que se despedia:
- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um! Pum, Pum, - o som das rolhas a sair das garrafas de champanhe, misturava-se com os foguetes que subiam aos ares enchendo o céu negro de desenhos de todas as cores.(...)
E viva o ano que vem!"
Júlio Isidro,
in É tudo primos e primas
FELIZ

23 dezembro 2013

FELIZ NATAL







 
 
Estes são os votos de todos os colaboradores da Biblioteca Municipal. Esperamos que em 2014 possamos continuar a contar com todos os nossos leitores, fazendo com que sejamos cada vez mais. Queremos continuar a partilhar contigo livros, leituras, momentos, ... e tudo o que houver para partilhar.
 
ilustração de Nadal Gerhard
 A  festa
 
Passaram muitos dias, passaram muitas semanas até que chegou o Natal.
E no dia de Natal Joana pôs o seu vestido de veludo azul, os seus sapatos de verniz preto e muito bem penteada às sete e meia saiu do seu quarto e desceu a escada.
Quando chegou ao andar de baixo ouviu vozes na sala grande; eram as pessoas crescidas que estavam lá dentro. Mas Joana sabia que tinham fechado a porta para ela não entrar. Por isso foi à casa de jantar ver se já lá estavam os copos.
Os copos passavam a sua vida fechados dentro de um grande armário de madeira escura que estava no meio do corredor. Esse armário tinha duas portas que nunca se abriam completamente e uma grande chave. Lá dentro havia sombras e brilhos. Era como o interior de uma caverna cheia de maravilhas, e segredos. Estavam lá fechadas muitas coisas, coisas que não eram precisas para a vida de todos os dias, coisas brilhantes e um pouco encantadas: loiças, frascos, caixas, cristais e pássaros de vidro. Até havia um prato com três maçãs de cera e uma menina de prata que era uma campainha. E também um grande ovo de Páscoa feito de loiça encarnada com flores doiradas.
Joana nunca tinha visto bem até ao fundo do armário. Não tinha licença para o abrir. Só conseguia que a criada às vezes a deixasse espreitar entre as duas portas.
Nos dias de festa, do fundo das sombras do interior do armário saíam copos. Saíam claros, transparentes e brilhantes tilintando no tabuleiro. E para Joana aquele barulho de cristal a tilintar era a música das festas.
Joana deu uma volta à roda da mesa. Os copos já lá estavam, tão frios e luminosos que mais pareciam vindos do interior de uma fonte de montanha do que do fundo de um armário.
As velas estavam acesas e a sua luz atravessava o cristal. Em cima da mesa havia coisas maravilhosas e extraordinárias: bolas de vidro, pinhas douradas e aquela planta que tem folhas com picos e bolas encarnadas. Era uma festa. Era o Natal.
Então Joana foi ao jardim. Porque ela sabia que nas Noites de Natal as estrelas são diferentes. [...]

extraído do livro " A noite de Natal",
de Sophia de Mello Breyner Andresen



Sim, de facto, na noite de Natal, as estrelas são diferentes, brilham mais e há muitas mais estrelas a brilhar. E nós queremos, que tu também brilhes na noite de Natal. Para isso vamos deixar aqui uma receita natalícia. Pede a ajuda de algum adulto, para não te magoares, mas não deixes de brilhar com a Aletria doce.



 ALETRIA

200g de aletria fina
250g de açúcar
2 cascas de limão
1 pau de canela
6 gemas
2 c. sopa de manteiga
canela moída para polvilhar



Coza a massa em bastante água com um pouco de sal, durante 6 minutos. Escorra de imediato e passe por água fria, para parar a cozedura. Leve ao lume o açúcar com 1,5dl de água, as cascas de limão e o pau de canela. Deixe ferver até obter uma calda em ponto de pérola. Junte-lhe a aletria e misture cuidadosamente com um garfo de madeira. Apure durante uns minutos e retire do lume. Deixe amornar e adicione as gemas bem batidas. Leve novamente ao lume para as gemas cozerem, sem deixar ferver. Junte a manteiga, misture e retire do lume. Divida o doce por pequenos pratos e polvilhe com canela moída.

in, Grandes receitas: doces típicos de Natal 




FELIZ  NATAL
 
 
 



16 dezembro 2013

Estão quase, quase aí as férias de Natal

Tempo para descansar, dormir até mais tarde e entregares-te à dura tarefa de não fazer nada.
Mas … confessa lá!! Passado um tempo começas a ficar aborrecido, com saudades dos teus amigos, do ritmo da escola. A tua mãe vai começar a implicar contigo, …


Ilustração de Rion Vernon

… então começas a pensar num sítio fixe, onde pudesses estar com os teus amigos e passar bons momentos. Um sítio acolhedor e simpático, sempre com as portas abertas, pronto para te receber, um sítio onde os teus pais também podem ir. Pensas, pensas e ..., é isso mesmo a
Biblioteca Municipal,
onde existe uma sala especialmente dedicada a ti, a sala infanto/juvenil, onde podes fazer coisas divertidas e descobrir novos amigos, como o Pinóquio, o Harry Potter, a Branca de Neve e até o Pai Natal.

 

Podes retirar livremente um livro da estante e lê-lo ou simplesmente apreciar a sua ilustração, podes ver um filme, fazer desenhos, podes montar um puzzle, jogar um jogo, ouvir uma história, utilizar o computador, mesmo que estejas sozinho não te vais aborrecer.

Aqui a magia do Natal transforma-se em histórias que vais adorar.

Nas férias de Natal
estar na Biblioteca é genial.
Mas convém lembrar que
no resto do ano,
também é fundamental
visitar este espaço municipal.


Ilustração de Pitu Leandro

Ficamos à tua espera.
Boa semana


 

13 dezembro 2013

Fim de semana a ler

Sim, nós sabemos …
compreendemos muito bem …

que nesta altura do ano, é difícil não caíres em tentação com a variedade de doces próprios da quadra natalícia.
É o bolo rei, as rabanadas, as filhoses, os coscorões, a aletria, os chocolates, etc., etc., que muito facilmente se traduzem nuns quilitos a mais.
 
Ilustração de Debbie Palen
Por isso, aconselhamos-te a ter cuidado (nós vamos tentar fazer o mesmo!), para não teres os problemas que a gordura e a obesidade acarretam e para não ficares infeliz, como a personagem do livro que te sugerimos como leitura neste fim de semana,

Dona Bruxa Gorducha
texto de Anabela Mimoso
ilustração de João Caetano
Edição Livraria Arnado

 “D. Bruxa Gorducha não se importava muito que lhe chamassem assim. O seu grande problema era não poder ir à reunião semanal das Bruxas, Fadas, Feiticeiros & Profissões similares (B. F. F. & Ps) que se realizava à meia-noite de Sábado, como é comum nestes casos.
Qual era então a causa da impossibilidade da sua deslocação?
É que D. Bruxa Gorducha era tão gorducha, tão gorducha que não havia vassoura que aguentasse com ela! (…)
D. Bruxa Gorducha, desolada, voltou à sua caverna. (…)
Pelo caminho até casa comeu vinte cactos, dez cabeças de girassol, quinze bolbos de tulipa e tão distraída ia que até comeu dezassete formigas brancas que lhe faziam uma alergia danada. Mas como isto eram apenas aperitivos, ao chegar a casa encheu o caldeirão com dois tubarões e cinco piranhas importadas, quatro cobras venenosas, um crocodilo, cascas de noz moída e, para engrossar o caldo, farinha de palmeira. Depois, depois ficou cheia de sede e bebeu um jarro cheio de licor de amendoim macerado em baba de sapo.
À noite, quando se pesou, tinha mais cinco quilos, continuava com fome e cada vez mais infeliz.”



João Caetano nasceu em Moçambique em 1962.

É licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Começou a sua atividade ligado à banda desenhada, mas desde 1981 que se dedica profissionalmente à ilustração, em particular à ilustração infantil.
Em 1980 participou no programa televiso Animação, da autoria de Vasco Granja e foi premiado em concursos de banda desenhada promovidos pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa-ESBAL e pelo jornal Diário de Notícias.
Ilustrou cerca de 20 obras na área do livro infanto/juvenil e colaborou em mais de 50 títulos no âmbito do livro escolar. Participou em atividades culturais em bibliotecas municipais e escolas do ensino básico.
Integrou o catálogo “The best of … “, no Concurso de Ilustração da Bienal de Ilustração de Bratislava-BIB, Eslováquia, em 1995.
Recebeu Menções Honrosas do Prémio Nacional de Ilustração, pelos livros Os mais belos contos tradicionais e Conto estrelas em ti; foi-lhe atribuída uma Menção Especial do concurso “Scarpetta d´Oro” em Itália, no ano 2000.
Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração 2001 pelas ilustrações no livro infantil A maior flor do mundo, de José Saramago.

Para descobrires se a D. Bruxa Gorducha conseguiu ir à reunião das B. F. F. & Ps, só tens que vir à Biblioteca
requisitar o livro, olha que a leitura não tem calorias!
E hoje 6ª feira 13, convém ter uma bruxa à mão, não vá o Diabo tecê-las!

Ilustração de Cory Loftis
Bom fim de semana
Boas Festas

09 dezembro 2013

A magia do Natal associada à magia do cinema

Acorda!
Ilustração de Amparo Phillips
 
 É 2ª feira, está na hora de fazer uma viagem ímpar!
 
Convidamos-te a assistir a um conto de Natal animado (baseado no livro do escritor norte americano Chris Van Allsburg), que combina sofisticadas técnicas de captura de imagem e personagens digitais que transformam cada cena num momento mágico.
Do conforto da sala infantil/juvenil da Biblioteca, até ...
 
... à véspera de Natal, onde irás embarcar numa montanha russa de emoções que te transportará aos picos mais altos e te levará a deslizar por imensos lagos gelados, a atravessar pontes imensas sobre abismos vertiginosos e a beber um saboroso cacau quente servido por empregados cantores – tudo na viagem de comboio mais espantosa de sempre.
 
Ver para querer, diz o misterioso vagabundo que te vai acompanhar nesta viagem. Vais assistir a coisas maravilhosas. E tu também vais querer acreditar.
 
Todos a bordo do Polar Express!
 

Boa viagem!
Boa semana!
 

06 dezembro 2013

Leituras de encantar

Neste primeiro fim de semana de dezembro, que nos reporta para a magia e o encantamento próprio deste mês, a nossa sugestão de leitura vai para um conto de Natal, que se passa na terra das neves eternas, numa aldeia chamada Natália. Esta aldeia era habitada por gente de carne e osso cuja vida era regulada por um estranho relógio que só tinha um ponteiro e apenas dava duas horas: a da realidade e a da imaginação. É num cenário de neve pura que o seu autor te leva, pela mão de ler, a visitar aquela aldeia onde convivem, naturalmente, os seres humanos e os fantásticos que povoam o mundo, sem fronteiras, da infância.


A aldeia encantada
texto de José Vaz
ilustrações de Marta Madureira
Editora Ambar

"E no silêncio da noite, ouviu-se um pio medonho e a neve que caía logo se transformou em punhais de gelo que matariam qualquer ser vivo se, porventura, andasse pelos caminhos àquela hora.
Enquanto isto acontecia, da lareira da torre do Pai Natal, saíam desenhos com embrulhos coloridos, enlaçados com fitas da cor do arco-íris.
Era a hora de fabricar, escolher e embrulhar os brinquedos que o Pai Natal deveria distribuir pelas crianças que nele acreditavam e lhe enviavam desejos voadores ou cartas de correio. Mas, sozinho, era impossível satisfazer tantos pedidos e enviar tantas prendas.
Nessa hora encantada, o Pai Natal tinha a preciosa ajuda dos Ukres e dos Faines.
Os Ukres eram sete. O mais pequenino de todos chamava-se Serapicotim e tinha a voz de sino de vidro.
Os Faines eram os habitantes da aldeia que, à noite, tirando a bela Celestina, se transformavam em sábios e feiticeiros. Quando isso acontecia, aos aldeões cresciam-lhes as orelhas e as cabeças ficavam bicudas.
Mas enquanto os Ukres e os Faines trabalhavam, o Pai Natal fazia a preparação física das Alapas, que eram as renas voadoras, que conduziam o turbo-trenó.
Este trenó, especial de corrida, chamava-se Deslize e tinha piloto automático, airbag, ar condicionado, travões com sistema ABS e direcção assistida."


José Vaz nasceu no dia 11 de janeiro de 1940, em Avintes, Vila Nova de Gaia onde passou toda a sua infância e juventude.

É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi ator e encenador de vários grupos de teatro amador.
Em 1979 começou a escrever histórias para os mais novos, mas só em 1983 foi publicado o seu primeiro livro com duas peças de teatro: O rei lambão e As pulgas e a preguiça.
A sua obra Para sonhar com borboletas azuis, foi distinguida pela The White Ravens em 1987.
Em 1989 o livro O nó da corda amarela, ganhou o 1º Prémio de Literatura Infantil – Cidade de Montijo e no mesmo ano foram-lhe atribuídos pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia um Público Louvor e a Medalha de Mérito Municipal – Classe Ouro.
As suas obras Alzira, a santa suplente; A máquina de fazer palavras e Hoje é Natal, foram selecionadas em 2000, 2001 e 2002, respetivamente, para as Olimpíadas da Leitura.
O seu nome integra o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses; o Dicionário de Literatura Infantil Portuguesa; a Breve História de Literatura para Crianças em Portugal e o Plano Nacional de Leitura.
Criou em 1998 conjuntamente com outras pessoas, um projeto para a infância e juventude chamado A Ilha Mágica.
Foi presidente da Associação de Escritores de Gaia e dirigente da Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil.
Tem colaborado em diversos jornais e publicações e foi interveniente em vários colóquios, fóruns, encontros e congressos.

Bom fim de semana

Ilustração de Anna Silivonchik


04 dezembro 2013

ELAS ANDAM POR AÍ!

As fotografias que te vamos mostrar a seguir foram tiradas nos últimos dias. Apesar do frio, muitas foram as crianças que aqueceram o ambiente com a sua presença, sempre entusiasmada e bem disposta. Elas andam por aí!
 
 
POR ONDE? 
 
VÊ SE CONSEGUES IDENTIFICAR O LOCAL.
 
 
 
NÃO? TALVEZ AS FOTOS A SEGUIR TE AJUDEM! ORA VÊ.
 
 
 
 
 
TAMBÉM NÃO?
NÓS CONTINUAMOS A AJUDAR!
 
 
 
 
 
 
SE AINDA NÃO CONSEGUES IDENTIFICAR
ESTES ESPAÇOS, ENTÃO É PORQUE NÃO CONHECES A BIBLIOTECA MUNICIPAL.
 
Então está na hora de vires à biblioteca
e ver o que aqui se passa.
 
 
É assim que fazem muitas crianças, como as que estão nas fotos. Esta semana  já foram mais de 150, vindas dos jardins de infância de Casal de Malta e das Trutas, e assistiram à nossa Hora do Conto. E têm sido horas bem quentinhas! Começam com a visita habitual aos vários espaços funcionais da Biblioteca e terminam com a leitura animada de vários livros, tal como "A galinha Pimpona", uma galinha tonta que não queria ser apenas poedeira e branca, deslavada como as outras. Ela queria ser colorida e vistosa. Será que a galinha Pimpona conseguiu? É o que estes meninos descobrem, aqui, na sala infantil da nossa biblioteca. 
 
Faz como estes meninos, vem à Biblioteca.
 
Está frio? Não, os livros não têm frio!

 
 Ilustração de Tenso Graphics
 
 
 
NÃO ESPERES PELO NATAL PARA VIRES À
BIBLIOTECA MUNICIPAL 

 
 
 
 
 
 
 

02 dezembro 2013

NEWSLETTER dezembro



O MÊS DE DEZEMBRO É UM MÊS DE FESTA, DE FAMÍLIA,
DE CONVÍVIO E DE LEITURA.
POR ISSO, PREPARÁMOS UM CONJUNTO
DE ATIVIDADES PARA TI.
 
PASSA POR CÁ E PASSA A CONHECER
 
AQUI 






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