29 dezembro 2015

OUTRO TEMPO, OUTRO ANO

"(...) Eu, pequenino, andava pela casa, grande, tropeçando nas sombras... a tentar descobrir que coisa seria aquela: o Tempo!
Lenda tão misteriosa, história tão demorada de entender... Que Tempo passou até descobrir os mistérios do Tempo!
(...)
No entanto, havia um outro Tempo. Vivia dentro de casa comandado por senhores de cara redonda e bigodes direitos, muito espetados, a rodar, muito devagar, contando... o Tempo. Vivia nos pulsos. Vivia nas torres. Vivia em quase todos os lugares... O Tempo... O Tempo dos relógios - descobri! E por ele sabíamos se estávamos atrasados, se chegávamos adiantados, se, mais simplesmente, chegávamos a Tempo. Graças a ele tínhamos Tempo para dormir, para acordar, para sonhar.
E foram estes mistérios todos que fizeram esta lenda, história complicada - uma lenda, uma história? Já nem sei se a sonhei, se a escrevi mesmo a Tempo, antes de a esquecer, mas a Tempo de escrevê-la para ti.
Mas poderás tu ajudar-me a explicar, a revelar este mistério do Tempo?"
 
Alexandre Honrado,
excerto do conto "O tempo que fez",
do livro "100 Histórias do meu crescer"
Edições Asa
 
Ilustração Eda Kaban


 


21 dezembro 2015

HORA DO CONTO NA CASA DO PAI NATAL

Durante esta semana as personagens da
Hora do Conto da Biblioteca Municipal,
vão estar presentes na
Casa do Pai Natal,
na Praça Stephens.

Convidamos-te a vir ter com elas, para veres quem são e o que têm para contar. É mesmo em frente à Câmara Municipal.

Vem viver o Natal connosco.
Há muitas surpresas à tua espera.










18 dezembro 2015

VIVAM AS FÉRIAS, VIVA O NATAL

E de repente regressam as férias, regressa o Natal
e de repente o ano de 2015 está quase de partida, 
para dar lugar ao novo ano.

E de repente já estás um bocadinho mais crescido, talvez até  penses, que isto do Natal, já não é para ti - as prendas, o Pai Natal, são coisas de crianças e tu, agora, estás um Homem feito, ou então não, e fazes como o Rodrigo, um menino como tu, que escreveu uma carta diferente ao Pai Natal, porque afinal, estamos no século XXI, onde as tradições antigas encontram novos desafios.
Ilustração Giusy Capizzi

"Querido Pai Natal,
Para lhe facilitar o trabalho, este ano mando-lhe folhetos de publicidade dos hipermercados. Assim escusa de andar de loja em loja.
Aviso-o de que é melhor arranjar uma camioneta, porque as suas renas não vão poder com o peso. Acho-as muito giras, mas bem pode mandá-las para o jardim zoológico, porque são animais muito fracos. Os meninos ficavam a ganhar se, em vez da camioneta, arranjasse mesmo um camião gigante. A minha morada vai na parte de fora, onde diz remetente.
Muitas saudades e desejos de Boas Festas do
Rodrigo"

Ilustração André Carrilho

O Rodrigo que queria tudo aquilo que o encantava nos hipermercados, teve uma grande surpresa na noite de Natal, uma surpresa enoooooooooooorme.
Para a descobrires, vem até à Biblioteca Municipal requisitar o livro onde se encontra o Rodrigo.

Texto Luísa Ducla Soares
Ilustrações Fátima Afonso
Civilização Editora



Mas, não é só o Rodrigo que encontras na Biblioteca. Aqui espera-te o mundo encantado dos livros, onde os acontecimentos mais estranhos e inimagináveis ganham vida. Aqui também há a sensação da magia.







09 dezembro 2015

A HORA DO CONTO ... SEGUE IMEDIATAMENTE


Com o aproximar do fim do 1º período letivo, terminámos também  esta semana a nossa atividade da Hora do Conto,

VamosLer.pt [para ti].


Voltaremos logo em Janeiro de 2016, no arranque do 2º período.

E acabámos este ano de 2015, em grande, pois em 4 dias recebemos a visita de
160 crianças que vieram do

Centro Infantil Arco Íris;
da Escola Guilherme Stephens
e do Jardim de Infância de Casal de Malta.




E com elas veio o ursinho Simão, que ninguém acreditava ser o Pai Natal
vieram as joaninhas Ildinha e Maximiliano
veio a revolução dos lápis de cera alertar o Duarte para ser mais justo.




Para o ano, cá estaremos de novo, com mais histórias, mais aventuras, mais personagens.
Para todas as crianças, professores, educadoras e auxiliares desejamos




04 dezembro 2015

VAMOS MUDAR O MUNDO

Vamos pôr o mundo de pernas para o ar?
Vamos andar de cabeça para baixo?

Ilustração Mary Hall

NÃO!
Vamos, dar ouvidos aos teus sonhos, aos sonhos de todas as crianças.
É isso que nos propõe este livro




Texto e ilustrações Afonso Cruz
Edição Alfaguara



" - NA BIBLIOTECA -
      CRIANÇA 1: O reclamador de cabelo castanho, risco ao meio e óculos. disse: O meu pai, que gosta muito de livros, disse-me que a felicidade está à distância de uma biblioteca.
       CRIANÇA 2: Viemos reclamar.
       BIBLIOTECÁRIO: Reclamar o quê?
       CRIANÇA 1: Mais felicidade
       BIBLIOTECÁRIO: Isso não é aqui.
                     (...)
      CRIANÇA 2: Têm revistas de super-heróis?
      BIBLIOTECÁRIO: Temos
      CRIANÇA 2: Podemos ver?
                             (O bibliotecário afasta-se e traz uns exemplares. Pousa-os em cima do balcão. As crianças folheiam as revistas.)
     CRIANÇA 2: Estão cheios de músculos, realmente.
     CRIANÇA 1: (Vira-se para trás.) Estão cheios de músculos.
     CRIANÇA 1: (Volta-se para a frente.) A reclamadora de camisa verde e amarela diz que deveriam ser cientistas e artistas e médicos, e não apenas pessoas com músculos. Há muitos tipos de heróis. 
      CRIANÇA 2: Têm de mudar essas revistas.
      BIBLIOTECÁRIO: Arranjar super-heróis músicos e escritores e advogados?
      CRIANÇA 1: Sim.
      BIBLIOTECÁRIO: Advogados?
                                       (A Criança 1 e Criança 2 voltam-se para trás, com a mão encostada ao ouvido, e ouvem as sugestões.)
     CRIANÇA 2: E pasteleiros e mecânicos de automóvel.
     BIBLIOTECÁRIO: Que parvoíce.
     CRIANÇA 1: (Volta-se para a frente.) A reclamadora de camisa verde e amarela diz que também podem ser desempregados, como o pai dela.
      BIBLIOTECÁRIO: O melhor é pedirem isso pelo Natal.
      CRIANÇA 1: Pelo Natal?
      BIBLIOTECÁRIO: Por exemplo.
      CRIANÇA 2: (Voltando-se para trás.) A reclamadora de tranças diz que isso não adianta.
      CRIANÇA 1: (Com a mão atrás da orelha, para ouvir melhor a reclamadora de tranças.) O quê? Diz que o Pai Natal não chega a todos os lugares, diz que há muito mundo que não aparece no mundo dele."


Sai à rua, reclama os teus sonhos, requisita o livro.


"A infância é ainda não aceitar o mundo, porque o mundo ainda não está feito. A infância é justamente o que faz o mundo e não o contrário."
 Marta Bernardes











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