22 julho 2016

AGORA EU SEI QUE, QUANDO ABRIA UM LIVRO, O MEU AVÔ REGRESSAVA A CASA


É certo que estás de férias, mas sabemos que não deixas a leitura de parte 
e que estás atento aos problemas que afetam o nosso mundo.

Por isso, este fim de semana gostávamos de te sugerir um livro (pequeno, com apenas 70 páginas), que relata a amizade entre dois jovens, o alemão Heinrich e o judeu Jósef, durante a Segunda Guerra Mundial e que se manteve pela vida fora, provando que o afeto e a solidariedade são mais fortes que o horror da guerra e da própria morte. Heinrich passa para o papel - uma espécie de diário - a história dessa amizade, que anos mais tarde o seu neto Henrique encontra.


Esta é também uma maneira simbólica de comemorares o
 Dia dos Avós, no próximo dia 26.

Ilustração de Ozan Küçükusta

O caderno do avô Heinrich
texto de Conceição Dinis Tomé
Editorial Presença


"Eu e o meu avô passámos tardes inteiras a ler nessa sala cheia de livros. O avô Heinrich sentava-me ao seu colo, rodeava-me o corpo com os seus braços quentes e lia-me histórias. A minha avó achava que os livros eram perda de tempo e uma forma disparatada de gastar o dinheiro que tanto custava a ganhar.
- Não ligues ao que diz a tua avó ... - sussurrava-me ele ao ouvido. - Ela não sabe que os livros são portas mágicas para outros mundos. Quando era pequena, ninguém lhe contou histórias. Já viste que tristeza, Henrique?
(...)
Um dia, perguntei-lhe se as histórias o tinham feito adoecer. Ele sorriu, com ternura, e disse-me que as histórias o tinham ajudado a viver."




O título desta mensagem, pertence ao final do livro que
venceu o Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2012, 
na categoria Literatura Juvenil.




Conceição Dinis Tomé, nasceu em Vila Nova de Famalicão, em 1970.
É professora-bibliotecária no Agrupamento de Escolas Viseu Sul e investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta.

Tem vindo a realizar, em colaboração com docentes de História, uma série de atividades que não deixam as gerações mais novas esquecerem o que foi o Holocausto.
Autora de livros infanto-juvenis, entre os quais História do rapaz que se tornou fazedor de estrelas, vencedor do Concurso de Literatura Infanto-Juvenil Prémio Centro Cultural do Alto Minho, em 2009.







19 julho 2016

OS DADOS DO 1º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2016, vamos hoje apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.



Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve um aumento na quantidade de livros emprestados. De 3.773 livros emprestados no 1.º semestre de 2015, passámos para 3.961 em 2016, significando um aumento de 188 livros requisitados.



Da totalidade de livros requisitados, cerca de 75% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 7% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 18% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.

Ao longo do 1º semestre de 2016 registamos novas adesões, com a inscrição de 133 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 78 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 19 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 36 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do primeiro semestre


Infanto-juvenil












15 julho 2016

SOMOS NÓS



Até podes não gostar de futebol, que não vem mal ao mundo por isso. Mas ficaste, com certeza, muito orgulhoso da nossa seleção de futebol ter conquistado o título de Campeão Europeu, todos ficámos. Uma conquista que nunca se tinha conseguido, foi agora, no nosso tempo, para recordarmos pela vida fora.



Agora, nestas férias grandes podes aproveitar para praticar mais desporto, numa modalidade que gostes e em que te sintas bem, porque como sabes, o desporto faz bem à saúde.

E o que também é saudável?

O hábito da leitura traz-nos benefícios essenciais para o nosso desenvolvimento, aumenta o conhecimento geral e a capacidade de comunicação, estimula a criatividade, melhora o vocabulário, facilita a escrita e a compreensão.


 O que tens que fazer para te tornares um verdadeiro campeão da leitura?

Muito simples, basta passares pela Biblioteca Municipal, onde encontras livros para todos os gostos, sobre variadíssimos temas, do desporto à culinária, dos contos à aventura, a escolha é tua.

 Como é verão, tens mais tempo livre, propomos-te um desafio.

Ilustração Glin Dibley

A primeira imagem é a capa de um livro de banda desenhada editado pela Meribérica/Liber Editores, que não tem legendas, ou seja, apenas conta uma história pelas imagens, como tal, desafiamos-te a escreveres a história com base nessas imagens e na tua imaginação.

Sabemos que és capaz.
Contamos ... contigo.





06 julho 2016

A FADA-MADRINHA DA LITERATURA INFANTIL PORTUGUESA

Palavras do escritor António Torrado, referindo-se a
Matilde Rosa Araújo




Nasceu em Lisboa em 20 de junho de 1921 e faleceu a 6 de julho de 2010.
Escritora, poetisa e pedagoga, fez os estudos liceais com professores particulares, licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Para tema da sua tese de licenciatura escolheu o jornalismo, na altura uma novidade absoluta.
Em 1943, incentivada pelos colegas, participou no concurso " Procura-se um novelista", organizado pelo jornal O Século e o Rádio Clube Português. Ganhou o 1º prémio com a novela "A Garrana".
No início da sua carreira de professora, Matilde Rosa Araújo ensinou Português, Francês, Geografia em escolas técnico-profissionais. Ao longo da sua carreira de docente percorreu inúmeras escolas secundárias de norte a sul do país, o que lhe permitiu conhecer a realidade de muitos lugares, base da sua grande experiência e inspiração para contos e poemas.
Em 1956 começou a escrever para crianças, com a edição nº 3 de Graal, dos «Poemas Infantis». No ano seguinte O livro da Tila iniciou uma vasta obra no domínio da literatura infanto/juvenil , em que se destacaria.



Dedicada à defesa dos direitos das crianças através da publicação de livros e de intervenções em organismos com atividade nesta área, foi sócia fundadora do Comité Português para a UNICEF.
A sua obra encontra-se traduzida em várias línguas, assim como, muitos dos seus livros integram a lista do Plano Nacional de Leitura.
  • Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian.
  • Em 1996 recebeu da mesma fundação, o Prémio para o Melhor Livro Infantil, publicado no biénio 1994/1995,  com As Fadas Verdes.
  • Em 1991, o seu livro O Palhaço Verde, foi considerado o melhor livro estrangeiro, pela Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil.
  • Em 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores e recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.



Música composta para a promoção do livro "As fadas verdes", no âmbito do projeto "Canta comigo, leio contigo", indicado como obra fundamental pelas metas curriculares de português para o 3º ano do 1º ciclo do ensino básico.

 "Os livros para crianças de Matilde Rosa Araújo, são inalteravelmente exemplares"
Álvaro Salema


E ONDE É QUE OS PODES ENCONTRAR?
NA TUA BIBLIOTECA MUNICIPAL 







VAIS GOSTAR TAMBÉM DE:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger..."